Movimento abolicionista no Brasil: história e ativistas
Movimento abolicionista no Brasil: história e ativistas
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Questão 1 of 10
1. Question
(UFPR/2020)
Em 1888, a princesa Isabel, filha do imperador do Brasil, Pedro 2º, assinou a Lei Áurea, decretando a abolição […]. A decisão veio após mais de três séculos de escravidão, que resultaram em 4,9 milhões de africanos traficados para o Brasil, sendo que mais de 600 mil morreram no caminho.
(Amanda Rossi e Camilla Costa, postado em 13 de maio de 2018 – BBC Brasil em São Paulo. Disponível em: https://www.bbc.com/ portuguese/brasil-44091469. Acesso em 25 de junho de 2019.)
De acordo com o trecho acima, considere as seguintes afirmativas:
- A chamada “Lei Áurea”, assinada pela princesa Isabel, não pode ser vista como uma concessão da monarquia, sendo resultado de um longo processo de luta e resistência que contou com a presença ativa de escravizados e escravizadas para sua libertação do cativeiro.
- No período imediato que sucedeu à abolição, os libertos puderam contar com medidas de apoio na forma de distribuição de pequenos lotes de terra, tal como aconteceu nos Estados Unidos após a Guerra Civil, com a chamada “Reconstrução”.
- Escravizados e escravizadas receberam apoio de muitos setores da sociedade da época ligados ao movimento abolicionista, sendo Luís Gama, filho de escrava e advogado autodidata, um dos personagens mais célebres e atuantes, empenhando-se na libertação de centenas de cativos e cativas.
- Os segmentos da sociedade adeptos do regime escravista defendiam a “emancipação gradual” e nutriam o profundo receio de que a abolição imediata da escravidão trouxesse desorganização econômica e provocasse o caos social.
Assinale a alternativa correta.
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Questão 2 of 10
2. Question
(FGV/2015)
Durante muito tempo, o fim da escravidão no Brasil foi visto como uma concessão generosa da princesa Izabel, em 1888. Atualmente, os historiadores reconhecem o papel das lutas dos escravos pela liberdade, bem como dos diversos movimentos abolicionistas brasileiros. Foram líderes abolicionistas negros:
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Questão 3 of 10
3. Question
(UEPA/2014)
Homens de luta:
André Rebouças (1838-1898): Filho do Conselheiro Antônio Pereira Rebouças, político e advogado mulato, e de Carolina Pinto Rebouças, nasceu na Bahia, mudou-se para a Corte e formou-se em Engenharia. Em visita aos EUA nos anos de 1870 revoltou-se com a segregação racial e mais tarde aderiu à Sociedade Brasileira Contra a Escravidão e a Confederação Abolicionista.
José do Patrocínio (1854-1905): Filho do padre e dono de escravos João Carlos Monteiro e de sua escrava Justina do Espírito Santos nasceu em Campos do Goitacazes, no Rio de Janeiro. Optou pelo jornalismo, embora tenha se formado farmacêutico. Atuou em periódicos abolicionistas como a Gazeta de Notícias e Gazeta da Tarde. Em 1883 lançou o Manifesto da Confederação Abolicionista e ao lado de Joaquim Nabuco fundou a Sociedade Brasileira contra a Escravidão.
Luiz Gama (1830-1882): Nasceu em Salvador, filho de um fidalgo português com uma negra Luiza Mahin. Apesar de livre, seu pai o vendeu como escravo em São Paulo. Foi escrivão, poeta, jornalista e “advogado” dos escravos, sem diploma. Tinha apenas uma provisão do governo. Em 1881, criou a Caixa Emancipadora Luiz Gama para a compra de alforrias.
Francisco de Paula Brito (1809-1861): Carioca, filho de carpinteiro, nunca foi à Escola, mas tornou-se poeta, tradutor, jornalista, editor e livreiro famoso, a ponto de D. Pedro II imprimir todo o material oficial em suas oficinas. Em 1833, publica O homem de cor, considerado um dos primeiros jornais a discutir o preconceito racial.
(MATTOS, Hebe Maria. A face negra da abolição. In Revista História, ano 2, n.19, maio de 2005. P. 20).
Os breves relatos no Texto V informam aspectos biográficos de homens que lutaram a favor das ideias abolicionistas, a partir dos quais se infere que:
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Questão 4 of 10
4. Question
(ENEM MEC/2018)
A poetisa Emília Freitas subiu a um palanque, nervosa, pedindo desculpas por não possuir títulos nem conhecimentos, mas orgulhosa ofereceu a sua pena que “sem ser hábil, é, em compensação, guiada pelo poder da vontade”. Maria Tomásia pronunciava orações que levantavam os ouvintes. A escritora Francisca Clotilde arrebatava, declamando seus poemas. Aquelas “angélicas senhoras”, “heroínas da caridade”, levantavam dinheiro para comprar liberdades e usavam de seu entusiasmo a fim de convencer os donos de escravos a fazerem alforrias gratuitamente.
MIRANDA, A. Disponível em: www.opovoonline.com.br. Acesso em: 10 jun 2015.
As práticas culturais narradas remetem, historicamente, ao movimento
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Questão 5 of 10
5. Question
(Unioeste PR/2019)
FONTE 1:
Existe muita coisa que não te disseram na escola
Cota não é esmola!
Experimenta nascer preto na favela pra você ver!
O que rola com preto e pobre não aparece na TV
Opressão, humilhação, preconceito
A gente sabe como termina, quando começa desse jeito
Desde pequena fazendo o corre pra ajudar os pais
Cuida de criança, limpa casa, outras coisas mais
Deu meio dia, toma banho vai pra escola a pé
Não tem dinheiro pro busão
Sua mãe usou mais cedo pra poder comprar o pão
E já que tá cansada quer carona no busão
Mas como é preta e pobre, o motorista grita: não!
[…]
O tempo foi passando e ela foi crescendo
Agora lá na rua ela é a preta do sovaco fedorento
Que alisa o cabelo pra se sentir aceita
Mas não adianta nada, todo mundo a rejeita
Agora ela cresceu, quer muito estudar
Termina a escola, a apostila, ainda tem vestibular
E a boca seca, seca, nem um cuspe
Vai pagar a faculdade, porque preto e pobre não vai pra USP
Foi o que disse a professora que ensinava lá na escola
Que todos são iguais e que cota é esmola
Cansada de esmolas e sem o din da faculdade
Ela ainda acorda cedo e limpa três apê no centro da cidade
Experimenta nascer preto, pobre na comunidade
Cê vai ver como são diferentes as oportunidades
E nem venha me dizer que isso é vitimismo
Não bota a culpa em mim pra encobrir o seu racismo!
E nem venha me dizer que isso é vitimismo […]
FERREIRA, Bia. Cota não é esmola. Disponível em: https://www.letras.mus.br/bia-ferreira/cota-nao-esmola/
FONTE 2:
Os troncos, bacalhaus (chicotes) e outros instrumentos de tortura alimentam as fogueiras, em redor das quais os novos cidadãos entregam-se ao mais delirante batuque.
Charge de Agostini, publicada na “Revista Ilustrada” em maio de 1888 In: http://novo.mgquilombo.com.br/artigos/pesquisas-escolares/abolicao-como-foi-a-libertacao-dos-escravos-em-minha-cidade/ (sem data de postagem). Acesso em: 10 ago. 2018
Preste bastante atenção nas fontes 1 e 2. Na primeira, vemos um trecho de “Cota não é esmola”, música composta por Bia Ferreira e lançada em 2018. Na sequência, uma arte do famoso chargista, Agostini, de maio de 1888, em um contexto marcado pelo processo de abolição jurídica da escravatura (a chamada “Lei Áurea”, de 13 de maio).
A distância temporal entre a data de lançamento da música e de publicação da charge é imensa, cobrindo todo o período, o qual em nosso país se comemora o dia da “libertação” de negros e negras escravizadas. Ocorre, contudo, que tal distância não tem servido historicamente para que esses seres humanos deixem de ser alvos constantes de violência, criminalização e, particularmente, racismo. Pelo contrário, são séculos e séculos de opressão. Neste sentido, pouco (ou quase nada) temos a “comemorar”.
Tendo por referência as duas fontes acima e os problemas históricos que envolvem o tema da “abolição da escravatura” no Brasil, é CORRETO afirmar que
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Questão 6 of 10
6. Question
(UECE/2020)
A abolição da escravatura na província do Ceará, ocorrida oficialmente em 25 de março de 1884, 4 anos antes da abolição no império, teve como uma das suas razões
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Questão 7 of 10
7. Question
(ENEM MEC/2017/2ª Aplicação)
O movimento abolicionista, que levou à libertação dos escravos pela Lei Áurea em 13 de maio de 1888, foi a primeira campanha de dimensões nacionais com participação popular. Nunca antes tantos brasileiros se haviam mobilizado de forma tão intensa por uma causa comum, nem mesmo durante a Guerra do Paraguai. Envolvendo todas as regiões e classes sociais, carregou multidões a comícios e manifestações públicas e mudou de forma dramática as relações políticas e sociais que até então vigoravam no país.
GOMES, L. 1889. São Paulo: Globo, 2013 (adaptado).
O movimento social citado teve como seu principal veículo de propagação o(a)
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Questão 8 of 10
8. Question
(ENEM MEC/2015)
TEXTO I
Em todo o país a lei de 13 de maio de 1888 libertou poucos negros em relação à população de cor. A maioria já havia conquistado a alforria antes de 1888, por meio de estratégias possíveis. No entanto, a importância histórica da lei de 1888 não pode ser mensurada apenas em termos numéricos. O impacto que a extinção da escravidão causou numa sociedade constituída a partir da legitimidade da propriedade sobre a pessoa não cabe em cifras.
ALBUQUERQUE, W. O jogo da dissimulação: Abolição e cidadania negra no Brasil. São Paulo: Cia. das Letras, 2009 (adaptado).
TEXTO II
Nos anos imediatamente anteriores à Abolição, a população livre do Rio de Janeiro se tornou mais numerosa e diversificada. Os escravos, bem menos numerosos que antes, e com os africanos mais aculturados, certamente não se distinguiam muito facilmente dos libertos e dos pretos e pardos livres habitantes da cidade. Também já não é razoável presumir que uma pessoa de cor seja provavelmente cativa, pois os negros libertos e livres poderiam ser encontrados em toda parte.
CHALHOUB, S. Visões da liberdade: uma história das últimas décadas da escravidão na Corte. São Paulo: Cia. das Letras, 1990 (adaptado).
Sobre o fim da escravidão no Brasil, o elemento destacado no Texto I que complementa os argumentos apresentados no Texto II é o(a)
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Questão 9 of 10
9. Question
(ENEM MEC/2014/2ª Aplicação)
Os escravos, obviamente, dispunham de poucos recursos políticos, mas não desconheciam o que se passava no mundo dos poderosos. Aproveitaram-se das divisões entre estes, selecionaram temas que lhes interessavam do ideário liberal e anticolonial, traduziram e emprestaram significados próprios às reformas operadoras no escravismo brasileiro ao longo do século XIX.
REIS, J. J. Nos achamos em campo a tratar da liberdade: a resistência negra no Brasil oitocentista. In: MOTA, C. G. (Org.). Viagem incompleta: a experiência brasileira (1500-2000). São Paulo: Senac, 1999.
Ao longo do século XIX, os negros escravizados construíram variadas formas para resistir à escravidão no Brasil. A estratégia de luta citada no texto baseava-se no aproveitamento das
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Questão 10 of 10
10. Question
(UPE/2011)(adaptada)
“A história da escravidão africana na América é um abismo de degradação e miséria que se não pode sondar, e, infelizmente, essa é a história do crescimento do Brasil. No ponto a que chegamos, olhando para o passado, nós, brasileiros, descendentes ou da raça que escreveu essa triste página da humanidade ou da raça com cujo sangue ela foi escrita, ou da fusão de uma e outra, não devemos perder tempo a nos envergonharmos desse longo passado que não podemos lavar, dessa hereditariedade que não há como repelir. Devemos fazer convergir todos os nossos esforços para o fim de eliminar a escravidão do nosso organismo, de forma que essa fatalidade nacional diminua em nós e se transmita às gerações futuras, já apagada, rudimentar e atrofiada”.
(NABUCO, J. Essencial. São Paulo: Penguin / Companhia das Letras, 2010)
Comemoramos, em 2010, o centenário de morte de Joaquim Nabuco (1848-1910), uma das grandes figuras políticas do império, destacando-se como um dos principais nomes da campanha abolicionista no Brasil do século XIX. Sobre a escravidão no Brasil, analise as afirmativas abaixo e marque as corretas: